“"A ideia que se foi gerando de que o PSD vai aumentar o IVA não tem fundamento." "Se formos Governo, posso garantir que não será necessário despedir pessoas nem cortar mais salários para sanear o sistema português.""A pior coisa é ter um Governo fraco. Um Governo mais forte imporá menos sacrifícios aos contribuintes e aos cidadãos." "Já ouvi o primeiro-ministro dizer que o PSD quer acabar com o 13.º mês, mas nós nunca falámos disso e é um disparate." "Se vier a ser necessário algum ajustamento fiscal, será canalizado para o consumo e não para o rendimento das pessoas." "Vamos ter de cortar em gorduras e de poupar. "Ninguém nos verá impor sacrifícios aos que mais precisam. Os que têm mais terão que ajudar os que têm menos." "Queremos transferir parte dos sacrifícios que se exigem às famílias e às empresas para o Estado." "Estamos disponíveis para soluções positivas, não para penhorar futuro tapando com impostos o que não se corta na despesa." “Afirmações de Passos Coelho, antes de ganhar as eleições e chegar ao pote.
Trinta e oito
anos após o 25 de Abril, Portugal conheceu muitos ministros,
secretários de estado, presidentes de câmara, vereadores e demais servidores da
causa pública. Isto só para nomear algumas das espécies na vasta gama de “cores”
em que a paleta governativa nos é apresentada. Sem excepção, todos eles nos
querem ajudar a melhorar a vida. Nada de novo, é assim em Portugal como também o
é em tantos outros países por esse mundo fora. O que me intriga é saber por que
razão a ajuda não resulta? Querendo eles tanto ajudar e passados tantos, nada. Porquê? A conclusão a que chego é que só pode ser culpa nossa.
Senão vejamos. Imagine-se por um momento como gestor
de uma empresa que pretende contratar um electricista, por exemplo. A dita empresa
abre concurso e apresentam-se como candidatos, um pedreiro, um contabilista e
um outro tipo que nunca tinha feito nada na vida, este então de electricidade a
única coisa que sabe é ligar e desligar o interruptor. Os outros também pouco
sabem, mas, quer um quer outro, são capazes de desligar um candeeiro da tomada.
Qual deles contratava? Pense bem antes de responder e,
aproveite para ver o vídeo em baixo e assim ficar a saber o que é um
"mijinhas-pipi".
Pois a resposta
certa é....não contratava nenhum. Com qualquer um deles a empresa não seria
capaz de fazer o trabalho que pretende. E seria melhor continuar a procura.
Melhores candidatos haveriam de aparecer.
Agora aplique-se
a mesma lógica ao nosso País. A empresa que está em processo de contratação chama-se
agora Portugal. A entrevista e o processo de selecção fazem-se através de
eleições, estas realizam-se de quatro em quatro anos e para os mais diversos
lugares. O trabalho que a empresa pretende executar é ajudar os Portugueses a
viverem melhor. Digam-me lá então porque razões insistem em contratar alguém
que notoriamente não está habilitado para o cargo.
Mas alguém poderá
pensar por um só momento que gente como Passos Coelho ou Tó-zé Seguro poderiam
ou poderão estar à altura de gerir esta empresa? Mais, admitamos que se cometeu
um erro, afinal toda a gente erra. Porque se insiste no erro então? Escolheu-se
Sócrates, não resultou, escolheu-se Passos, já se viu no que vai dar, na
próxima vem o Tó-Zé.
Olhemos para a
câmara do nosso concelho, aqui devemos ser masoquistas, só pode. Há três mandatos,
12 anos, que se escolhe o mesmo mau empregado, neste caso empregada.
Vão dizer não há
alternativas. Mentira, digo eu. Há pois. O gestor, neste caso cidadão eleitor,
tem é de ser criativo - chama-se a isto pensar fora do quadro normal que lhe é
apresentado – Se a “comida” não presta não a comam, ponto final. Antes de se apresentarem a eleições
os candidatos que mostrem os currículos que têm, o que já fizeram pelas
populações e o que fizeram na sua vida profissional.
Os “mijinhas-pipi”
serão facilmente identificados. O padrão é invariavelmente o mesmo. Pouco
estudo, muito labor no partido, muito emprego em lugar público, muitos favores
a pagar. Começam devagar, a colar cartazes e vão ascendendo dentro das juventudes
partidárias. Especial cuidado com este aspecto. Alguém que passou pelas jotas, deve
ser prontamente eliminado. Dali não vem coisa boa.
Após a análise
criteriosa do perfil dos candidatos e, caso nenhum esteja à altura.
Votem, mas votem em
branco!
A mensagem do
voto em branco, poderá levar algum tempo, mas chegará ao destinatário. Nesse
dia, melhores candidatos, mais preparados e sem tanta pressa de chegar ao pote,
aparecerão. Os “mijinhas-pipi” irão então para o lugar que merecem, para o
degredo e para nunca mais voltar.
Teremos então hipóteses de começar a viver melhor. Até
lá, aguentem-se.
Caro Baião, saúdo a sua volta e subscrevo na generalidade a sua opinião negativa do nosso "quadro de políticos" e a proposta que faz de opção pelo voto em branco se nada nos satisfizer. Mas acrescento que uma melhoria da oferta (de políticos) só acontecerá se não estivermos sempre à espera que avancem outros, temos que ser políticamente activos. E intervenção positiva / produtiva não é andar em manifestações a fazer trocadilhos fáceis, a recusar a realidade (como pretender que a troika se lixe) e à espera duma oportunidade para apanhar uma cacetada da polícia e ser um mártir da liberdade de opinião. Para mim, um manifestante que diz "que se lixe a troika"ou "Fuck the rabbit", não acrescenta nada, apenas irresponsabilidade e instabilidade. O que seria intervenção positiva e verdadeira pressão sobre o governo, seria manifestarmo-nos todos contra as medidas específicas que contestamos, como a transferência do esforço da TSU para os trabalhadores, ou a falta de coragem e assertividade em intervir para corrigir os contratos de PPP ruinosos ou a intervenção para regulação do custo dos combustíveis.
ReplyDeleteCaro Barba Azul,
ReplyDeleteFico feliz por o ver aqui. Muito obrigado.
É verdade e tem razão no que escreve, estou 100% de acordo consigo.
Apenas acrescento, a manifestação deste fim de semana, acabou até por dar uma imagem bastante positiva da generalidade dos portugueses. Na minha opinião e tirando alguns excessos de uma minoria, grande parte dos manifestantes soube particpar e mostrar a sua indignação contra uma governação (não só a presente, entenda-se), em geral incompetente, arrogante e com prácticas que se não são corruptas, deixam muitas questões no ar.
Ser paciente em tempos destes, não é fácil. E os portugueses têm sido mais do que pacientes.
cumprimentos.