Não sou político
no sentido mais corrente do termo, nunca fui filiado, nem sou fiel a um
qualquer partido político. Mais confesso,
nem sempre votei, aqui por impossibilidade física, mantenho-me agarrado ao meu
recenseamento eleitoral na freguesia de Messines, e por vezes é complicado o ir
votar, mas também, por não acreditar, há muito, no sistema político que nos é
servido.
Precisamos, na
minha opinião, de fazer um “downgrading” das regalias que os políticos usufruem.
Isto é tudo aquilo que os nossos políticos não desejam ouvir, mas parece-me
óbvio que é o que deve ser feito. Só assim poderemos ver-nos livres daqueles
que não interessam e ficar com os que têm vida para além da política, que a
praticam por amor à causa pública e não para se envolver em negócios ou
simplesmente ganhar notoriedade pública.
Como para além de
político, também não sou economista ou advogado, nem tenho conhecimentos de
alta finança. Tenho de me recorrer de algo muito mais simples, para dar resposta
aos que apontam a falta de alternativas. Recorro ao bom senso, algo que parece
faltar aos nossos governantes, para perceber que o mais importante são as
pessoas, todas, mas principalmente aquelas que vivem com 300 euros, num país
onde outros, acumulam reformas milionárias e salários de 45000 euros mensais.
Acredito que o
exemplo deve sempre vir de cima e não daqueles que mais precisam. Antes de
qualquer outra medida, o nosso primeiro ministro se não fosse ele próprio um
“mijinhas-pipi”, saberia que deveria apontar o caminho a seguir, e começar com
cortes pelo topo, em todas as despesas supérfluas do estado.
Cortes de 20 a
30% no seu próprio salário e dos deputados, redução das viaturas atribuídas a
políticos, cortes nas despesas de representação, subsídios de deslocação e de
alojamento em segunda habitação etc. Depois de ter dado o exemplo, não lhe
faltaria então legitimidade e apoio para exigir o que fosse necessário a todos
os restantes portugueses.
Agora é tarde.
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