16/03/2013

"A renúncia é a libertação. Não querer é poder"

Livro do Desassossego, Bernardo Soares.

2 comments:

  1. Welcome back, caro Baião! Parecia que adivinhava, quando resolvi vir aqui hoje...: )

    Fala duma renúncia ascética, de poder sobre nós mesmos e da libertação de poderes alheios que dela resulta? Ou está mais a pensar numa renúncia arma de luta política e social contra os poderes instituídos?
    Embora uma e outra não sejam obrigatóriamente dissociadas entre si, daquela atitude normalmente resulta aquele poder, mas a última pode ser apenas utilitária e não de princípio.

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  2. Caro Barba Azul,

    O seu comentário fez-me sorrir. Já tive para para encerrar o blog, por algumas vezes. Mas acabo por não o fazer, em parte por gostar de escrever um pouco e, também, pelas opiniões de alguns que dizem gostar de vir aqui. Um obrigado.

    Refiro-me à renúncia no primeiro sentido que lhe deu.
    A renúncia de facto liberta. A frase é do nosso Fernando Pessoa, no seu livro do desassossego. Mas tem toda a razão de ser, o não querer dá um poder imenso, a “escravatura” dos tempos modernos, assenta no “querer”. Mas a “libertação” encerra um caminho difícil e não está ao alcance de todos.
    No meu caso, embora no sentido menos fundamentalista, acho o conceito interessante e atractivo. Mas não sei se quero percorrer o caminho. Talvez o faça, um dia, numa versão “light”.

    cumprimentos

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