Fernando Nobre, homem por quem tenho apreço, embora sem o conhecer, pela obra meritória que apresenta, acaba de se suicidar profissionalmente.
Disposto a iniciar uma carreira política apoiada em convicções dúbias, Fernando Nobre, deu um estouro de todo o tamanho. Começou bem, concorreu às eleições presidenciais, procurando impor-se como alguém que vinha de fora do sistema partidário e mostrando obra feita fora da política. Tudo aquilo que vai ao encontro do que os eleitores críticos da partidocracia actual pedem e não encontram nos políticos nacionais, colheu os frutos dessa estratégia, uns respeitáveis 14% dos votos expressos, pedia-se-lhe então recato e lealdade aos princípios enunciados.
Mas não, Fernando Nobre não teve paciência, quer ter protagonismo político e não soube esperar, sucumbiu por isso ao canto da sereia e aceitou concorrer pelo PSD às eleições legislativas.
Apercebendo-se das inúmeras críticas de que foi alvo tentou voltar atrás, contrariando tudo o que antes tinha afirmado. Pior não poderia ter feito. Mostrou não estar preparado, dando a impressão de ser apenas mais um, entre tantos, a tentar safar-se.
Com a sua atitude comprometeu não só o seu futuro politico como também o papel social que detinha como representante da AMI.
Não digo que tudo isto seja mais uma demonstração do “Principio de Peter”, segundo o qual quem desempenha bem o seu trabalho é promovido até alcançar o seu nível de incompetência, não considero que a motivação de Fernando Nobre fosse a ascensão profissional, nem que a sua ascensão a presidente da AR represente uma promoção.
Acho que é tudo mais simples que isso, vou mais pela ideia que não passa de uma busca de protagonismo, assim ao tipo de uma rã que queria ser sapo.
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