12/05/2011

Pintelhices

Louco, senil, realista, político trapalhão..., não sei. O que sei é que me parece genuinamente empenhado em encontrar uma solução e um rumo para o País.


“...«Acho sinceramente que é altura da nova geração assumir o poder, a minha geração esteve no poder desde o 25 de Abril, fez a revolução, fez coisas boas, mas tem feito muita porcaria nos últimos 15 anos... Uma das razões por que me disponibilizo para estas missões é porque quero deixar para os meus filhos e netos um futuro»...” Eduardo Catroga, futuro ministro das Finanças.

O que me preocupa no PSD não é o Prof. Catroga. A preocupação vem mais da pouca preparação evidenciada por Passos Coelho e, acima de tudo, dos que à volta dele gravitam para tentar arranjar lugar à mesa, com o intuito de melhor chegar ao tacho. Tacho esse que se avizinha ser servido a 5 de Junho pelos Portugueses, pela simples razão de outra coisa não poderem fazer.

À esquerda oferecem-lhe soluções que acarretam maiores sacrifícios e acima de tudo maior incerteza. É a célebre reestruturação da dívida. A estratégia delineada é simples, “vamos falar com os credores para pagar mais tarde e com menos juros”. E quando se pergunta: E se os credores não aceitarem? A resposta surge invariável: Ah têm de aceitar.

Ao centro, surge quem já lá está, tem estado e quer continuar, José Sócrates. Tenho para mim que Sócrates fez coisas positivas, mas também muita asneira. À cabeça destas últimas aparecem desde logo as relações dúbias que manteve com as construtoras e a nacionalização do BPN, caso este onde o PSD está enterrado até às orelhas. Depois vêm outras questiúnculas, demasiadas para quem teve a maioria absoluta no parlamento e poderia ter aproveitado para dar um rumo diferente ao País.

À direita aparecem agora o CDS, com Paulo Portas já a esfregar as mãos e o PSD carregado de delfins ansiosos de abocanhar o seu quinhão.

Para nós trata-se de escolher entre o continuar no “mais do mesmo” ou dar oportunidade a outros para colocarem as suas ideias em prática. Eu prefiro mudar. Só não sei ainda é por onde ir.

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