28/10/2010

Já que não os podemos matar, então que lhes atiremos pedras...

Já não restam dúvidas, vamos ter de passar pela vergonha de ver o nosso país recorrer ao FMI para colocar em ordem as contas. A situação é assim como aquela que um filho sentirá ao ver o seu pai ter de recorrer à sopa dos pobres para lhe dar de comer, só porque tem gasto tudo o que lhe cai no bolso em jogo e putas.

A última vez que cá esteve o FMI em 1983, tínhamos saído há relativamente pouco tempo de uma revolução e enfrentado o retorno de milhares de portugueses vindos da ex-colónias, o que então se passou é assim descrito na imprensa “...Face ao perigo de bancarrota, sem dinheiro para pagar as dívidas ao exterior, Portugal negociou um segundo empréstimo com o FMI em 1983.

Num governo do Bloco Central, liderado por Mário Soares e Mota Pinto e com Ernani Lopes como ministro das Finanças, os portugueses sofreram, no passado recente, um dos momentos de maior austeridade.

Uma forte desvalorização do escudo - de uma só vez caiu 12% - a subida galopante da inflação para quase 30 por cento, aumentos de impostos e uma forte quebra nas despesas públicas, provocaram desemprego, salários em atraso e uma descida dos salários reais e do consumo privado....


Desta vez, já não há o escudo para desvalorizar, mas o efeito na pele dos que trabalham e contam os tostões para poderem comer não será muito diferente.

O que mais custa ver nisto tudo, é saber que aqueles que para este cenário mais contribuíram, por aí vão continuar a andar, livres e de cabelos ao vento, continuando a viver bem, não serão levados a julgamento, muito menos presos, nada lhes sucederá.

E que não tenham dúvidas, são todos culpados, todos! Desde aqueles que nos governaram, como os que se abotoaram quando a oportunidade lhes bateu à porta, e também os que agora se desunham por ir ocupar o lugar à volta da gamela. Agora perante a inevitabilidade de chamar pela ajuda estrangeira, até já há quem nos tente convencer que a vinda do FMI até não é assim tão mau.

O limite para o descaramento já há muito se perdeu.

Pois eu digo, que aprendamos com os Gregos e quando nos cruzarmos com tais animais, que se não lhes bata, mas que se lhes cuspa, que se lhes lancem pedras ou o que mais vier à mão.

O desprezo por tão má raça nunca é de mais.

Por Portugal....

23/10/2010

E você sabe o que é a ongoing?

O deputado Agostinho Branquinho do PSD, interrogava-se na Assembleia da República, numa comissão parlamentar que teve lugar há cerca de oito meses, sobre o que era isso da ongoing, não sabia.

“...Em fevereiro passado, o deputado do PSD Agostinho Branquinho tinha muitas dúvidas sobre a atividade deste grupo. A começar pela pergunta mais básica de todas: "O que é a Ongoing? É um grupo de media? É uma das questões que mais tem atravessado esta discussão sobre as questões da liberdade de expressão", dizia o deputado, quando questionou na Assembleia da República o diretor do "Diário Económico", e administrador da Ongoing, António Costa....fonte expresso






Hoje já descobriu, alguém o esclareceu.

Agostinho Branquinho foi contratado para um alto quadro na empresa.

tempos complicados

Quando Margaret Tatcher subiu ao poder em 1979, o Reino Unido iníciou um dos seus períodos mais negros em termos sociais. Sob o governo Tatcher, a produção industrial diminuiu drasticamente aumentando o desemprego, triplicou desde a sua subida ao poder e a proliferação de falências.


..à austeridade que acompanhou a sua administração, dado que o objetivo de reduzir a inflação era prioritário. Não obstante, durante seu governo a inflação dobrou entre 1979 e 1980 (de 10 para cerca de 20% a.a.), e retornou aos dois dígitos no final de década de 1980. Em meados de 1981 a economia do Reino Unido mergulhou numa profunda recessão. Quando o nível de desemprego atingiu o recorde de 3 milhões [3] (era menos de 1 milhão na posse Thatcher), as críticas às suas políticas econômicas se multiplicaram. Em 1981, numa famosa carta ao jornal Times , 365 economistas conclamaram o governo Thatcher a mudar as diretrizes de sua política econômica e a pôr um fim à recessão....fonte wikipedia

Com o aumento do desemprego, aumentaram também as filas de pessoas à porta dos “job centers”, tentando aceder ao subsídio de desemprego, como é normal para o fazer têm de preeencher um impresso, designado por Unemployment Benefit 40 .

Foi desse impresso e ao encontrarem-se na fila do centro de emprego, que os irmãos Ali (voz e guitarra) e Robin Campbell (guitarra), Earl Falconer (baixo), Mickey Virtue (teclados), Brian Travers (saxofone), Jim Brown (bateria) e Norman Hassan (percurssão), retiraram o nome do agrupamento musical UB40 que vieram a formar.


Mesmo em situações complicadas, há sempre saída. O que é preciso é descobrir onde está a porta.

18/10/2010

Para recordar.

Novidades dos Flávio com F de Folha.


Mão amiga, trouxe ao meu conhecimento o vídeo abaixo sobre os Flávio, colocado no youtube por "majestic1965", que não conheço, mas a quem agradeço.

Como neste blog se gosta de memórias (boas), aqui fica mais uma.

Espero que apreciem. E não deixem de atentar ao aspecto, bem mais novo de muitos dos envolvidos.




PS-Aquelas moças ali a dançar é que eu não sei quem são.

17/10/2010

Alguém se lembra desta?



If there is something that I might find

Look around corners

Try to find peace of mind I say

Where would you go if you were me

Try to keep a straight course not easy

Somebody special looking at me

A certain reaction we find

What should it try to be I mean

If there are many

Meaning the same

Be specific just a game

I would do anything for you

I would climb mountains

I would swim all the oceans blue

I would walk a thousand miles

Reveal my secrets

More than enough for me to share

I would put roses round our door

Sit in the garden

Growing potatoes by the score

Shake your hair girl with your ponytail

Takes me right back (when you were young)

Throw your precious gifts into the air

Watch them fall down (when you were young)

Lift up your feet and put them on the ground

You used to walk upon (when you were young)

Lift up your feet and put them on the ground

The hills were higher (when we were young)

Lift up your feet and put them on the ground

The trees were taller (when you were young)

Lift up your feet and put them on the ground

The grass was greener (when you were young)

Lift up your feet and put them on the ground

You used to walk upon (when you were young)

versão original aqui: http://www.youtube.com/watch?v=2PDp3g1WoSE&feature=related

Buraco do Remexido

Tentei há uns tempos atrás voltar ao buraco do remexido, tentei mas já não consegui dar com aquilo. Andei lá por perto, mas nada. Assumo-o esquecido e enterrado.


No entanto, não há muito tempo atrás, a excursão ao buraco do remexido fazia parte das dores de crescimento de muitos dos jovens de Messines. Eu fui daqueles que também lá fui, embora deva dizer que não passei da primeira galeria, ou seja limitei-me a dar um pequeno salto para a entrada que dava acesso ao primeiro túnel, este bem estreito por sinal e que muitos ousaram atravessar, foi sempre para mim uma barreira que não quis sequer tentar ultrapassar. Não me arrependo, até gosto da minha dose qb de claustrofobia.

Contavam-se imensas histórias sobre essas excursões e lembro-me de ter visto fotografias de alguns enlameados lá dentro. Verdades ou mentiras, as histórias que se contavam, não sei, mas não ficarei surpreso se como tudo indica, por lá alguns fracos fizeram força e muitos fortes se borraram.

10/10/2010

10/10/10


All around me are familiar faces
Worn out places, Worn out faces
Bright and early for the daily races
Going nowhere, Going nowhere

Their tears are filling up their glasses
No expression, No expression
Hide my head I want to drown my sorrow
No tomorrow, No tomorrow

And I find it kind of funny, I find it kind of sad

These dreams in which i'm dying, Are the best I’ve ever had
I find it hard to tell you, I find it hard to take
When people run in circles it’s a very very….

Mad World, Mad World

Children waiting for the day they feel good
Happy Birthday, Happy Birthday
And they feel the way that every child should
Sit and listen, Sit and listen

Went to school and I was very nervous
No one knew me, No one knew me

Hello teacher tell me whats my lesson
Look right through me, Look right through me

And I find it kind of funny, I find it kind of sad

These dreams in which i'm dying, Are the best I’ve ever had
I find it hard to tell you, I find it hard to take

When people run in circles it’s a very very….

Mad World, Mad World

Enlargen your world

Mad World

Dia Aberto

Este post deveria ter sido escrito há cerca de 15 dias atrás.

Ontem foi dia aberto na Durham Johnston, a escola pública, para onde tudo o indica a minha filha mais velha irá frequentar no próximo ano lectivo o sétimo ano de escolaridade. Dia aberto significa, o dia em que a escola, sem que pare a suas actividades lectivas, abre as suas portas e convida os pais e encarregados de educação dos seus futuros alunos a visitar as instalações, falar com professores e alunos e ouvir o que a directora tem para dizer, para assim poderem fazer uma escolha atempada e ponderada da escola que desejam frequentar. Reparem que o dia aberto ocorre em Setembro, um ano antes do início do ano lectivo em causa.
Fomos recebidos na segunda-feira de manhã pelas 10 horas, e após umas breves palavras de um dos professores, duas alunas, nos seus 13-14 anos, fizeram as honras da casa ao nosso grupo. Percorreram connosco as diversas salas, esclareceram dúvidas e por fim levaram-nos a um amplo anfiteatro onde um aluno tocou piano até que, acabada a visita às instalações de todos os outros grupos, a directora explicou o que era a escola, qual o seu projecto educativo, os valores em que acreditam etc. Mais do que isso, alertou-nos que, caso não ficássemos esclarecidos, poderíamos sempre voltar em qualquer outro dia, a escola não tinha nada a esconder, muito pelo contrário, afirmou.

Nesse mesmo dia, desta vez à tarde, pelas 18 horas, voltei lá, desta vez acompanhado da futura aluna. De novo visitámos as instalações, mas desta vez com o bónus de muitos professores terem preparado actividades para receber os pais e os futuros alunos. Foi assim que pudemos visitar a sala de música, equipada com todos os instrumentos que possam imaginar, ver e executar experiências onde se demonstrava a separação da água em Hidrogénio e Oxigénio, participar numa simulação de um crime, onde os alunos eram chamados a desempenhar o papel de um investigador do CSI, participar em jogos matemáticos e muitas outras actividades, fomos inclusive a uma sessão onde a professora de informática e alunos mais velhos, mostravam aos mais novos como se devem proteger nas redes sociais. Saímos já eram quase oito e meia da noite e, mas houve quem tivesse ficado mais tempo, apreciei imenso a disponibilidade demonstrada por aqueles professores e funcionários.
Durante toda a visita não consegui deixar de pensar, porque será que apesar de tanto dinheiro gasto no ensino público em Portugal, este não nos consegue oferecer algo, já não direi igual, mas que pelo menos se aproxime disto. Pior ainda, a ausência de referências de qualidade no ensino que temos, adormece-nos, tolhe-nos o juízo e deixa-nos desamparados, impedidos de reagir e exigir aquilo a que temos direito, de tal forma isto é verdade que até achamos bom, o que de menos mau nos dão. Foi por isto que resolvi escrever este Post.

Medina Carreira.

Nunca é demais avisar.

"..Acredita que a legislatura chegue ao fim?


Desejo que não chegue ao fim porque as asneiras acumuladas, a desconfiança e as mentiras já liquidaram qualquer crédito de confiança que se possa dar ao primeiro-ministro e ao Governo. Gostaria que viesse outro. Mas tenho muitas dúvidas sobre os governos dos dois partidos que podem governar Portugal... Estes governos foram tomados de assalto por gente sem vida profissional, que vai para ali só para andar atrás nos carros ou para arranjar negócios. Não quer dizer que não haja pessoas capazes, mas três capazes no meio de dez incapazes assusta-me...." in DN

09/10/2010

Digam lá que o nosso conterrâneo, não tem razão.

Antes de mais, as minhas desculpas a todos aqueles que, apesar da minha já longa ausência, continuaram aqui a vir à estação. Tenho na realidade andado cheio de trabalho e o tempo não dá para tudo.

Hoje deixo-vos um pequeno vídeo que encontrei:



Anda meio mundo a roubar a outra metade....