29/09/2010

O Cine-Teatro de Messines, recordações de um tempo que já lá foi....

Obedecendo uma vez mais à rogatória que a minha consciência me dita, passo a transcrever o comentário simpático do Leonel Borrela sobre o cinema de Messines.
Um grande obrigado ao Leonel.

"Ouvi pela primeira vez o "love me do" do Beatles, "Paris en colere" de Mireille Mathieu, entre outras canções dos anos 60 e 70 do século passado, através dos altifalantes do cinema de Messines. Gostava de saber se alguém ainda tem a fita gravada dessas canções - como eu gostaria de fazer uma reprodução dela. Quanto aos filmes nem se fala. Muitas vezes passava pela janela do bar, a partir do pátio do armazém do meu avô, para o cinema. Toda a gente sabia, mas ninguém chateava. Abraço de Leonel Borrela."

25/09/2010

Dão-se alvíssaras....

Procura-se vereador Blogger, desaparecido da blogosfera desde o dia 21 de Setembro, data em que apareceu a pedir socorro, sem que ninguém, até agora, lhe tenha deitado a mão. A PJ já está em campo, mas mais uma vez, teme um pacto de silêncio, que inviabilize o desvendar do mistério.




Nota-Isto é apenas uma alfinetada, sem malícia, torno a dizer que o serviço prestado pelo vereador em causa tem os seus méritos. Ele é que nem sempre acerta na opção correcta, como o demonstra a agora tomada de posição em apoio do aumento do IMI.

24/09/2010

Flávio com F de Folha, Supernova, Simplesmente Maria, Zé Satélite

Fazendo mais uma vez uso do direito que tenho em transformar comentários em Posts e vice versa, decidi , e com grande satisfação minha, transformar o comentário do Flávio, que acabei de receber, em Post.

"HC
a resposta à tua questão tardou mas pronto só hoje é que descobri este blog e este post

os Simplesmente Maria não eram de Silves, mas sim de Messines. A Silvia Benedito nunca cantou neste grupo, cantou num outro grupo de Silves (não me recordo do nome), que formou com o Danny Dias, o Estiveira e mais um ou dois (não me recordo muito bem de quem), esta banda apareceu depois dos SM e dos FFF.

Os Simplesmente Maria era formado (com toda a certeza) por:

Celine Verissimo - voz
Cocas (aka Carlos Rodrigues) - baixo
Tropa (aka Fernando da Ponte) - guitarra ritmo
Paulo (aka Petcha) - guitarra solo
Eduardo (este o unico de Silves) - Bateria

Outro grupo que alguns destes elementos formaram, também nesta altura, foi os Zé Satélite, projecto que juntava SM + FFF ou seja:


Celine - voz
Rui Farinha - guitarra
Petcha (ou seria o Cocas?)- baixo
Tropa (ou seria o Quim?) - bateria
deste grupo já não me recordo muito bem dos elementos que o formavam, já se passaram mais de 20 anos, enfim... Mas lembro-me que ainda deram alguns concertos em Faro e não sei quê mais, e a critica foi muito boa.


Obrigado Baião pelo post e por me fazeres recordar estes tempos

Abraço do Flávio com F de Foda, ups F de Folha)"

Obrigado Flávio, eu é que agradeço.
 

É só fazer as contas...

Fiquei confuso ao ler o post do Paulo Silva no Penedo, atribuindo a falência da EPAALG ao dinheiro pago em indemnizações, não aos últimos directores, mas aos que foram substituidos pela agora direcção, esta sim, a responsável pelo encerramento da escola. Pelo menos foi isto que depreendi do texto....



É que me parece pouca parra, para tanta uva.....

23/09/2010

Crónica de uma Morte Anunciada.

Não! Não vou falar da defunta EPAALG. Mas sim de um assunto mais candente.

Tenho seguido com relativa atenção a novela que se tem vindo a desenrolar por estes dias no CM (já vai no terceiro episódio).Desde já aviso que a história tem por pano de fundo um incidente infeliz, a morte de um homem, pobre, que vivia sem eira nem beira, o que sempre é de lamentar. Mas o que me chamou a atenção para o caso, não foi tanto a história em si, mas o emergir de um protagonista inesperado, um herói ocasional e involuntário, que, como tantos outros que buscam os seus 15 minutos de fama, acabou por cair nas páginas deste tão nosso considerado jornal e até já foi à TVI, ou melhor a TVI foi até ele.

O primeiro episódio da saga, dava o contexto do que se iria seguir:

Morto à pancada por violar animais

Conhecido por roubar galinhas para actos sexuais, Jaime Pires do Ó, 68 anos, foi assassinado à porta de casa com golpes no peito e junto ao ânus. (in CM)


Jaime Pires do Ó foi encontrado ferido, perto de casa. A vítima, 68 anos, que vivia em condições miseráveis, morreu a caminho do hospital (in CM)
 
No dia seguinte, no segundo episódio, já se vê surgir, mas ainda em pano de fundo, o protagonista de que vos falava:
 
PJ teme pacto de silêncio (O Burro não fala)

População recorda ‘Jaime ovelha’ como violador de animais e de uma mulher. A sua morte “estava anunciada”, mas sobre o que aconteceu no dia em que foi assassinado, ninguém confirma ter visto ou sabido de alguma coisa anormal. (in CM)



Maria Fernandes junto ao burro que foi vítima do último ataque de ‘Jaime ovelha’


No episódio mais recente, o de hoje, já se vê o protagonista mais de perto, aqui até se vê o bicho a dar uma "passa".

PJ investiga dono de burro abusado

“Sei que suspeitam de mim, mas eu estou à vontade. Não fui eu que matei o Jaime”, garante ao CM José Gomes, o dono do animal sodomizado. (in CM)

José Pinto Gomes, dono do burro violentado, acredita que ninguém de Proença-a-Velha fez mal a ‘Jaime ovelha’ (in CM)


Para um romance de cordel, até não está mal, já para notícia ficam-me algumas reservas, mas não importa, aguardemos é por novos desenvolvimentos. Quem sabe o Burro até falará....isso sim seria notícia.

13/09/2010

A adopção de crianças por casais homossexuais

Quando iniciei esta segunda vida do Messines-Alte, fi-lo, já me disseram, escolhendo um tema fracturante, no caso, o casamento homossexual, de que me declarei a favor. Na altura afirmei também que mais tarde daria a minha opinião sobre a possibilidade de casais homossexuais virem a adoptar crianças.

Pois bem, penso ser chegada altura de cumprir o prometido.

Neste particular da adopção já não posso afirmar ser a favor. Pelo contrário tenho dúvidas, muitas, mas que penso serem legítimas.

Tenho dúvidas se a vivência de uma criança no seio de uma família homossexual, irá ou não condicionar a sua sexualidade. Eu sei que o mesmo se passa numa família heterossexual, nós, heterossexuais, condicionamos a sexualidade dos nossos filhos, pelos exemplos que damos, conversas que temos etc, mas esta situação eu considero legítima, por ser natural, no sentido em que natural é a sexualidade que conduz à reprodução e em última análise à sobrevivência da espécie. No caso homossexual já nada disto se passa, a sexualidade homo não tem por fim a reprodução mas sim o bem-estar do indivíduo, o que sendo legítimo, penso dever ser uma escolha livre e ponderada de cada um e, como tal, livre de qualquer condicionalismo.

Por último, eu sei que existem por aí uns estudos que afirmam não ter a vivência no seio de uma família homossexual qualquer influência na escolha sexual futura. Pode ser, mas permitam que vos diga, que tenho várias dúvidas sobre os estudos que referi. Estes são necessariamente estudos longos, e nos quais a quantidade de variáveis que podem influenciar a conclusão final será vasta, tão vasta que os tornará quase inúteis quando se trata de legislar em áreas tão sensíveis como esta e numa escala temporal tão curta.


Ney Matogrosso-Nunca vi rastro de cobra, Nem couro de lobisomem, Se correr o bicho pega, Se ficar o bicho come

12/09/2010

Os Vendedores de Livros

Neste verão contaram-me algumas histórias, bem agradáveis por sinal, passadas com vendedores de livros, demasiado, digamos, focados no seu trabalho. Um deles, tendo entrado num estabelecimento comercial da vila, recusou-se a sair, isto mesmo após de ter sido convidado pelo dono, que afirmava nada querer comprar.

Após ter visto no youtube a expulsão do advogado do Bibi, aquando da sua visita ao célebre apartamento na avenida das Forças Armadas, lembrei-me que este poderia ser um bom exemplo de como resolver situações semelhantes.



PS- O ensino do direito, não anda a ser bem tratado neste País, basta ver que não preparam um homem para aterragens em segurança.

07/09/2010

A EPAALG Fechou. Devemos Chorar?

Vai um clamor pelos meandros de Messines, digamos nos centros mais preocupados com o que se vai passando na vila , em relação à decisão de encerramento da Escola Profissional, pelo que li, em assembleia geral da associação proprietária da escola foi decidido o encerramento por 13 votos a favor contra 3 (mais duas abstenções).

O clamor que refiro, parece dever-se ao facto de muitos pensarem que Messines fica a perder ao não ter a escola e, que este é mais um degrau que a Vila desce em direcção ao destino, que parece inexorável, da degradação da qualidade de vida que oferece.

Não deixando eu de partilhar de alguns dos receios apontados, deixem-me dizer que também não penso exactamente da mesma forma que aqueles que já se manifestaram desapontados pelo encerramento.

Nestas situações, lembro-me de uma outra mais ou menos parecida, aquando da ambição de elevar Messines a concelho, tento sempre em primeiro lugar colocar a questão simples: Será merecido? Para que não fiquem dúvidas, digo desde já que a abertura de uma escola profissional em Messines e ligada à agricultura me parece de facto não só justificado como também merecido, mas o que pretendo saber agora é diferente, trata-se de saber se queremos a Escola aberta, apenas por ela se situar em Messines ou se a queremos a funcionar por que pensamos ser ela merecedora desse facto? Ttrata-se no fundo de saber se a qualidade da formação que prestava representava ou não uma mais-valia para a vila.

A resposta a estas questões está quase sempre ligada à falta de uma avaliação de qualidade. Em Portugal temos ainda um pavor mais ou menos patológico sobre tudo o que seja avaliação, isto incluindo a auto-avaliação, para muitos a palavra avaliar é sinónimo de punir, penso ser daí que advém este receio. Depois como gostamos todos de ser uns tipos porreiros, uns, os que o devem fazer, decidem não avaliar e, outros, os que deviam ser avaliados, respiram de alívio ou protestam quando se sentem ameaçados.

Aqui chegados, e pensando eu que a avaliação deve ser antes de mais uma excelente oportunidade para as instituições (e quem nelas trabalha) verificarem se estão a desempenhar o seu papel em condições e, caso não o estiverem, corrigirem a rota. Deixem que pergunte:

Que formação prestava a EPAALG? Foi submetida a uma avaliação por uma entidade externa e independente?

A EPAALG divulgava as actividades que desenvolvia, promovendo-se e promovendo a vila que a acolheu?

A direcção da escola alguma vez fez e tornou público relatórios de auto-avaliação do seu desempenho? E, em caso afirmativo, alguém os leu e questionou?

Quantos alunos frequentaram a EPAALG e quantos formou nos últimos 5 anos? De que regiões eram oriundos? Como evoluiu o rácio Aluno/Professor nos últimos 5 anos?

Que inserção tiveram estes formandos no mercado de trabalho? Que tipos de estágios lhe foram oferecidos? Que avaliação foi feita ao desempenho dos alunos?

Que acompanhamento e avaliação foi feita, por quem de direito, ao desempenho da direcção e do corpo docente da escola?

Poderia colocar muitas outras questões, mas de momento e reconhecendo o meu desconhecimento sobre a actividade da escola, arrisco a dizer que a indiferença com que o seu encerramento foi recebido na vila, encontrará resposta nalgumas das questões que deixo acima. Responda quem souber e o queira fazer.

Por mim parece-me que o encerramento da EPAALG tem muito mais culpados do que aqueles que se quer fazer crer.

Estou de volta.

Boas férias, bons amigos, excelente tempo. Tudo o que deixei para trás e a que já anseio voltar.

abraço a todos