02/01/2012

Jaca

Embora admita que o post anterior o possa sugerir, a minha ida ao Brasil não foi motivada por qualquer actividade envolvendo palitos, muito menos os da marca Gina. Fui em trabalho sim, mas com o objectivo de instalar um sistema de contagem de fotão único, usado para medir tempos de vida de fluorescência. Dispositivo com um nome pomposo, mas que simplificado, significa que fui instalar um cronómetro algo sofisticado e capaz de medir intervalos de tempo na ordem dos 0,000 000 001 segundos.

O destino a que me dirigi no dia 5 de Dezembro foi a Universidade Federal de Minas Gerais em Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais. Cidade com uma população a rondar os 10 milhões de habitantes, se considerarmos toda a sua área metropolita, sendo que na cidade propriamente dita, a população deve andar pelos 2,5 milhões.

Hospedei-me na região da Pampulha, uma  lagoa com cerca de 28 km de diâmetro, próximo da Universidade e da igreja de São Francisco de Assis desenhada por Oscar Niemeyer, reputado arquitecto Brasileiro.

Com tudo o que já disse, podem até pensar que fiquei instalado em algum hotel de 5 estrelas. Não, sou um tipo simples, consegui um apartamento também ele simples, cedido por um estudante, o que me permitiu viver como um verdadeiro “Belo Horinzontino” por um mês.
O facto de ter vivido como a “maior parte” dos habitantes da cidade vive, permitiu-me ver como funciona a cidade, andar a pé pelas ruas, deslocar-me de autocarro, falar com as pessoas, ser várias vezes tomado por argentino e até emagrecer. É verdade, BH é uma cidade construída numa região montanhosa e bastante húmida, uma combinação que faz maravilhas no consumir de gorduras em excesso.
Para terminar deixo-vos a Jaca. A primeira fruta estranha que vi. Fruto da Jaqueira, uma árvore com cerca de 20 m de altura trazida da Índia, provavelmente por algum Português. Curiosamente a Jaca nasce no tronco da árvore e não nos ramos, como estamos habituados e pode pesar qualquer coisa como 15 Kg, embora comestível, o fruto não é dos mais apreciados.



5 comments:

  1. Trata-se do fruto de eleição do Pedrão, aquele "negão" da Vila Xurupita, amigo do Zé Carioca, também grande apreciador de feijoada de feijão preto.

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  2. Um fruto interessante.

    Mas devo dizer que fantástico mesmo é o abacaxi de Belo Horizonte.

    Fresquinho, acabado de cortar e comido ali onde se compra, no Mercado central.

    Um belo petisco.

    cumprimentos.

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  3. Caro Baião

    O filho de um amigo meu, aqui do Porto, vai para Belo Horizonte fazer um semestre do Erasmus. Andam à procura de alojamento. Por acaso pode indicar um contacto, ou contactos, lá, para tentar arranjar uma solução como a sua?
    Muito obrigado!
    Melhores cumprimentos,
    Alexandre Sottomayor
    (Barba azul)

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  4. Caro Baião

    Acabado de lhe enviar o comentário anterior, a minha memória enviou-me aviso tardio: não é Belo Horizonte, é Porto Alegre!
    Desculpe! Tenho desde sempre tendência a confundir estas duas cidades (que não conheço), acho que por ambos nomes sugerirem vistas bonitas.
    Com os melhores cumprimentos,
    Barba azul

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  5. Caro Barba,


    Já ia dar uma solução, mas Porto Alegre fica longe, não conheço lá ninguém.

    A solução que´recomendo é tentar a residência da universidade. BH tem, na Universidade Federal de Minas Gerais e Porto Alegre também deve ter. Em geral são de boa qualidade e sem qq problema de maior.

    Cumprimentos.

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