25/11/2009

Um Bocadinho da Nossa História: Álvaro Cunhal em Messines (Cont.)

Nota do Chefe da Estação:

Aqui neste sítio a participação dos passageiros e/ou seus acompanhantes é altamente encorajada. Esta é uma estação verdadeiramente democrática, com direito ao contraditório e tudo. Assim e cumprindo o que prometi, sempre que se justifique os comentários dos leitores serão promovidos à categoria de Posts, assinados e tudo.

Vem esta nota a propósito de um comentário feito por um leitor atento ao post do Álvaro Cunhal em Messines. A quem desde já agradeço a participação e transcrevo o comentário. Também encorajo, querendo, que se identifiquem.

“Um comentário correcto no global, mas incorrecto nos pormenores.
A forma como está escrito dá a ideia que era um "challenge" Álvaro Cunhal x Messinenses.
Não foi nada disso que aconteceu porque quem chegou a vias de facto com o grupo do MRPP foram, também eles na sua maioria, Messinenses (lembro-me bastante bem).
Quanto aos barrotes de madeira, surgiram depois de se iniciarem as escaramuças. Provavelmente já estavam "preparados", mas se nos reportarmos à época dos factos, até uma simples colagem de cartazes era feita com a companhia dos tais "barrotes".
Conto-vos uma passagem do tal grupo do MRPP: após o 25 de Abril foram escritas na parede da residência do Francisco Vargas Mogo várias "palavras de ordem" que conotavam o Francisco Vargas com o antigo regime.
Este fez, então, uma jura que não entraria mais no "café dos caracóis", mesmo em frente à sua residência, na altura frequentado por militantes e simpatizantes do PCP, julgando que os autores das "pinturas" seriam do PC.
Mais tarde veio-se a descobrir que os autores da proeza eram do MRPP (o António José "Manaca" deve-se lembrar bem do episódio).
Aqui surge a coerência do Francisco Vargas que, sabendo que tinha errado no “julgamento” que fez, nunca mais entrou no referido café, mesmo sendo cliente diário do mesmo. Como é que ele fazia? Simples, sentava-se na esplanada, fazia o seu pedido, bebia a sua imperial e comia o seu pires de caracóis e pagava, mas sempre na esplanada. Nunca mais entrou no café.”


leitor não identificado.

2 comments:

  1. Confirmo, desde 1990 data da minha chegada a esta Vila o meu falecido sogro não só comia o pires de caracois e a sua imperial como lá tomava diariamente o seu pequeno almoço, galão e torrada e nunca mas nunca entrava estivesse frio ou fizesse neve... as vezes sinto-lhe a falta :) muitas vezes mesmo.


    José Paulo Sousa - caoscosmos.blogs.sapo.pt

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  2. Muito obrigado pela confirmação, caro José Paulo de Sousa, assim mesmo sem o Dr. como o meu caro prefere.

    Cumprimentos

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