01/12/2009

A Ciência por quem a faz: A Luz e as Moléculas (Cont.)

Já aqui foi referido anteriormente (ver A luz e as Moléculas) que absorção selectiva de luz por moléculas orgânicas leva a que estas passem a existir durante algum tempo num estado excitado. Importa agora precisar um pouco melhor algumas das características deste estado excitado (de maior energia que o estado fundamental, aquele em que as moléculas normalmente se encontram).
Na realidade o estado excitado da molécula, criado após esta ter absorvido luz, pode assumir duas características completamente distintas, consoante o arranjo assumido por uma propriedade quântica (o spin) dos electrões envolvidos na transição do estado fundamental para o estado excitado.
O chamado spin pode, no caso dos electrões, assumir dois valores distintos +1/2 e -1/2. Se os electrões assumirem o mesmo valor dizem-se emparelhados e o estado excitado diz-se tripleto, caso contrário, com os electrões com spin antiparalelo (valor oposto) o estado diz-se singleto.
A desactivação do estado excitado da molécula para o seu estado fundamental é completamente diferente consoante o carácter singleto ou tripleto do estado envolvido. Para uma configuração singleto, o tempo de vida do estado excitado é da ordem do nanosegundo (0.000 000 001 s) e à luz emitida durante a desactivação dá-se o nome de fluorescência. Já para uma configuração de tripleto, o tempo de vida do estado excitado é da ordem de microsegundo ou mesmo segundos e à luz emitida dá-se o nome de fosforescência.

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